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HC-UFTM

Pacientes do HC-UFTM que sofreram AVC podem participar de projeto de reabilitação da UFTM

Publicado: Terça, 07 de Outubro de 2025, 13h42
O projeto Exercita AVC está com dez vagas abertas para voluntários
 
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O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), acolhe pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS) que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC), que ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. Segundo o Ministério da Saúde é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.

Pacientes que sofreram AVC nos últimos seis meses e receberam alta do HC-UFTM ou de outros hospitais da região, ou que estão na lista de espera do Centro de Reabilitação do HC-UFTM, podem agora participar do Exercita AVC, um projeto de extensão da UFTM que promove treinos motores específicos por meio da execução repetitiva e progressiva de tarefas com objetivo funcional. O projeto funciona toda quinta-feira, das 16h às 17h30, no Laboratório de Ensino em Fisioterapia (T18), situado na Rua Getúlio Guarita, 159 – Abadia.

O projeto é supervisionado pelo professor do departamento de Fisioterapia Aplicada da UFTM e supervisor de estágio da disciplina de Fisioterapia Neurofuncional, Gustavo José Luvizutto, além de contar com a colaboração de oito alunos do curso de fisioterapia da UFTM. “O objetivo é oferecer reabilitação complementar baseada em evidências para pessoas que sofreram AVC. Nosso foco é promover ganhos de mobilidade, força, equilíbrio e independência funcional por meio de exercícios estruturados, treino motor específico e atividades em grupo que estimulam também aspectos cognitivos e sociais”, apontou Gustavo.

 
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“A gente recruta inicialmente as pessoas que têm alta do HC-UFTM e que estão na fila de espera do centro de reabilitação. No entanto, se houver uma demanda espontânea, se a pessoa tiver sido atendida em qualquer outro hospital, pode nos procurar. Dependendo da demanda de pacientes, a gente vai abrindo mais horários, assim que for aumentando o número de vagas, e encaixando conforme a necessidade dos pacientes”, explicou Gustavo.

O foco do projeto são as pessoas que sofreram AVC nos últimos seis meses, que é um público com maior chance de recuperação. A única restrição é no caso de o participante ter algum processo demencial, de alteração cognitiva associada, porque o projeto envolve o entendimento dos exercícios, tanto durante o atendimento, quanto no acompanhamento domiciliar.  

“Além de beneficiar os pacientes, o projeto cria um espaço de aprendizado ativo para os acadêmicos de Fisioterapia, residentes e pós-graduandos, aproximando teoria e prática. Ao longo dos últimos anos, temos observado avanços significativos na qualidade de vida e participação social dos participantes do projeto, que relatam maior segurança, engajamento e confiança nas suas atividades diárias. O Exercita AVC traduz, na prática, o compromisso da UFTM com a inovação em saúde e com a integração entre universidade e comunidade”, contou Gustavo.

Preparo e aprendizado

Maria Eduarda Salum Aveiro Henrique participa do projeto desde o início, quando ela estava cursando o 7º período de fisioterapia na UFTM. Atualmente, Maria Eduarda é uma das supervisoras, fazendo mestrado pelo Programa de Pós-Graduação (PPG) em Fisioterapia, na linha de pesquisa de Processos de Avaliação e Intervenção Fisioterapêutica dos Sistemas Cardiorrespiratório e Neurológico. O principal projeto dela é voltado para a reabilitação precoce pós AVC.

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“O projeto foi incrível, porque me preparou para um olhar diferente do que a gente tem no estágio, em que a gente acaba sendo direcionada para quadros específicos. Para minha vida profissional, foi muito bom, porque, ainda na faculdade, consegui ter esse contato direto com várias pessoas diferentes, na mesma condição clínica. Os exercícios acontecem com todos os participantes no mesmo local e a gente consegue ver diferentes quadros, estratégias de reabilitação e pessoas sendo atendidas em conjunto. Muitos alunos chegam no projeto antes mesmo do estágio profissionalizante, e eu acredito que isso seja muito positivo em relação ao aprendizado. Por conta das capacitações, de todo o treinamento, do suporte (não só dos professores, como também dos discentes de pós-graduação), e por ter um contato direto com os participantes”, salientou Maria Eduarda.

“Em relação aos pacientes, os resultados que a gente vê são expressos nas avaliações. Às vezes chegam alguns pacientes que tiveram AVC há um tempo e que estão sem atendimento, e eu acho muito bonito ver como eles comemoram pequenos ganhos, como o simples fato de conseguir ficar em pé por mais tempo ou de abrir a mão por um tempo que não abria antes. A gente acaba tendo contato também com as famílias. Então a gente consegue ver como o projeto influencia até na vida pessoal do participante, que antes não saía de casa para nada, mas participam do projeto, saindo de casa, tendo uma certa socialização. Como o projeto acontece em grupo, os pacientes se conhecem e as famílias também se conhecem. Não só pela reabilitação, mas a parte da comunidade também é muito importante, a socialização que é promovida no âmbito do projeto, e a qualidade de vida mesmo”, finalizou Maria Eduarda.

Pessoas interessadas podem entrar em contato pelos telefones (17) 99266-2512 (Danilo Gonçalves, presidente da Liga de Reabilitação Neurofuncional) e (17) 99971-1698 (Letícia Galvão, vice-presidente da Liga de Reabilitação Neurofuncional) para agendar um horário.

Rede Ebserh

HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

 

Redação: Pollyana Freitas

Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh 

 

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