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Pesquisa

Grupo de Pesquisa da UFTM realiza projeto que visa implantar medicina personalizada no Hospital de Clínicas

Publicado: Quinta, 24 de Agosto de 2023, 09h40

Iniciará as atividades nesse semestre o projeto “Farmacogenética Cardiovascular e Ancestralidade no Brasil”, liderado pela professora Fernanda Rodrigues Soares, do Instituto de Ciências Biológicas e Naturais (ICBN) da UFTM, com seu grupo de pesquisa registrado no CNPq como Genética de Populações e Farmacogenética, em parceria com o médico cardiologista e intervencionista do setor de Hemodinâmica do HC/UFTM, Rone Marques Padilha.

Mestranda Maria Laura Chaves, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, e a professora Fernanda Rodrigues Soares, do ICBN/UFTM
(E/D) Mestranda Maria Laura Chaves, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, e a professora Fernanda Rodrigues Soares, do ICBN/UFTM

 

O objetivo da pesquisa é definir a arquitetura genética da resposta ao medicamento antiagregante plaquetário clopidogrel em pacientes com Síndrome Coronariana Aguda (conjunto de sinais e sintomas caracterizados pela redução abrupta do suprimento sanguíneo do coração), através de um teste de genotipagem de biomarcadores farmacogenéticos e medida de agregação plaquetária. O resultado do teste indica o risco de o paciente apresentar eventos cardiovasculares importantes, como infarto do miocárdio, angina instável e morte cardiovascular. O clopidrogel, nome do princípio ativo do medicamento, é tratamento padrão para a Síndrome e é fornecido pelo SUS.

Etapas da pesquisa

A pesquisa segue as seguintes etapas: recrutamento de pacientes e coleta de material biológico; teste de agregometria e teste genético e análise de dados. O recrutamento de pacientes começa neste semestre.

Os pesquisadores coletarão à beira do leito dos pacientes recrutados uma amostra de sangue, que será analisada e verificarão a agregação plaquetária e também a parte genética do paciente. Os testes serão realizados no Hospital de Clínicas e no Laboratório de Genética Humana da UFTM. Os pacientes submetidos à angioplastia (procedimento cirúrgico que ajuda a desobstruir uma artéria que está estreita ou bloqueada) e que serão tratados com clopidogrel serão convidados a participar do estudo. Os pacientes serão acompanhados pelo período de no mínimo doze meses, para identificar a ocorrência desses eventos.

Parceria

O estudo será realizado concomitantemente na Cardiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em Belo Horizonte, liderado pelo Laboratório de Diversidade Genética Humana, coordenado pelo professor Eduardo Tarazona Santos, da mesma instituição. O trabalho é feito com colaboração da Rede Iberoamericana de Farmacogenética (RIBEF). A previsão dos pesquisadores é de recrutar 500 pacientes em cada instituição. A pesquisa tem financiamento da Fapemig e terá a duração de 36 meses.

O foco é entender por que alguns pacientes não respondem bem ao clopidogrel (tratamento padrão), e o teste genético auxilia a identificar esses pacientes antes do tratamento, para então fazer uma abordagem alternativa mais adequada. “Este é um projeto pioneiro e inovador, que trará a medicina de precisão para o Hospital de Clínicas da UFTM, visando expandir para o estado de Minas Gerais e tornar o teste uma ferramenta na tomada de decisões terapêuticas em pacientes com prescrição do medicamento clopidogrel”, afirmou a professora Fernanda Soares.

Rede social do Grupo de Pesquisa em Genética de Populações e Farmacogenética: @gpfarmacogen

 

Foto: Divulgação UFTM

 

 

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