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Extensão Universitária

O Projeto Oficina de Parentalidade da UFTM é premiado

Publicado: Segunda, 23 de Novembro de 2015, 08h53
O Projeto de Extensão Universitária "Oficina de Parentalidade" da UFTM composto por docentes dos Departamentos de Medicina Social, Serviço Social, Terapia Ocupacional,  16 discentes dos cursos de Psicologia, Enfermagem e Serviço Social, pela Promotoria de Justiça de Uberaba, além de voluntários de vários segmentos da comunidade, foi premiado no Concurso de Melhores Práticas do Ministério Público do Estado de Minas Gerais em 2015. Também recebeu duas menções honrosas na 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia em Belo Horizonte, dentre 500 trabalhos apresentados, e foi publicado em artigo científico.

O principal objetivo do trabalho é implementar uma política pública de prevenção e resolução de conflitos, conforme recomendado pelo CNJ e nos moldes do material disponibilizado pelo órgão, com o fim de transmitir aos pais técnicas apropriadas de comunicação na família, ensinamentos a respeito das consequências que os conflitos provocam nos filhos, informações legais sobre alienação parental, guarda, visitas e alimentos, com um viés pedagógico e não terapêutico. Visa instrumentalizar as famílias que enfrentam conflitos jurídicos relacionados ao divórcio ou à dissolução da união estável, nos quais ocorrem vários ajustes e mudanças pessoais.

Uberaba foi o primeiro município a implantar as oficinas no interior do Estado de Minas Gerais. São realizadas para filhos e pais, separadamente, em um único encontro de quatro horas de duração. São quatro oficinas: uma específica para crianças de 6 a 11 anos, outra para adolescentes de 12 a 17 anos e duas para os pais. O material a ser trabalho é cedido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ em forma de cartilhas para pais, filhos e instrutores, oficinas audiovisuais, histórias, dinâmicas de grupo, gibi específico, dentre outros. São conduzidas por instrutores voluntários, que são pessoas com formação e vivência para lidar com questões relacionadas aos temas propostos. As oficinas são realizadas uma vez por mês no Centro Educacional da UFTM. A Universidade apoia com recurso audiovisual, espaço físico, impressão de material de consumo para as oficinas. As cartilhas e gibis foram impressos pelo Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais - FUNEMP e o lanche é oferecido por parceiros externos.

A professora Luciana Maria da Silva, coordenadora do Projeto, acredita que a realização dessas oficinas  contribua para que os casais e seus filhos envolvidos em divórcios encontrem formas não adversariais para solucionarem os possíveis conflitos psicoemocionais e não somente o conflito judicial. "Também objetiva-se prevenir o abandono afetivo e alienação parental na medida em que busca conscientizar os pais de que é importante para a criança conviver com ambos. Espera-se também que os traumas decorrentes das mudanças das relações familiares possam ser reduzidos ou, pelo menos, amenizados".

O Projeto tem duração anual e completou um ano de funcionamento em novembro, com 356 pessoas. A coordenação planeja dar continuidade em 2016. Ao final das oficinas, os pais e mães podem deixar suas opiniões sobre o atendimento em uma ficha de avaliação. Dos 162 que responderam entre novembro de 2014 a outubro de 2015, o resultado foi o seguinte:
- 68,4% muito satisfeitos;
- 28% satisfeitos
- 2,22 % pouco satisfeitos
- 1,3 % insatisfeitos

Os juízes das varas de família da Comarca de Uberaba-MG encaminham convites a 30 famílias por mês para participar da Oficina de Parentalidade. Mas, a partir de dezembro de 2015, serão abertas vagas para mais 10 famílias, além das convidadas pela justiça.

A coordenadora ressalta a relevância da Oficina proposta para a sociedade. "A UFTM, atenta à sua responsabilidade social, contribui para a efetivação de medidas legais de proteção à criança e ao adolescente, que trará repercussões importantes na qualidade de vida dos sujeitos, pais e filhos, e outros envolvidos direta ou indiretamente no processo de divórcio. Ao discente, proporciona uma experiência transformadora no processo de formação profissional, sendo um amplo campo de estudo e produção de conhecimento aplicado, trazendo luz às novas demandas sociais relativas ao divórcio e seus desdobramentos, principalmente num momento em que o judiciário articula cada vez com maior veemência a questão da guarda compartilhada", concluiu Luciana.

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