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Geografia

Pesquisa sobre evolução do clima, vegetação e relevo brasileiro é publicada por docentes de Geografia

Publicado: Segunda, 22 de Novembro de 2021, 09h41

No último dia 15 de novembro, relevante estudo relacionado a análise integrada entre clima, vegetação, formas de relevo e impacto das ações humanas foi publicado pelo Journal of Quaternary Science, intitulado “Geochronological and paleoenvironmental reconstruction of colluvial deposits in a cuesta landscape in south-eastern Brazil” (Reconstrução geocronológica e paleoambiental de depósitos coluviais em paisagem de cuesta no Sudeste do Brasil). O artigo é de autoria do professor da UFTM, Leandro de Godoi Pinton, do Departamento de Geografia, vinculado ao Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais – Ielachs, em parceria com a professora da área de Geografia, Cenira Maria Lupinacci, da Unesp de Rio Claro, SP.

Segundo professor Leandro, o artigo tem estreita relação com a sua área de pesquisa e com as disciplinas de sua responsabilidade ministradas no curso de Geografia da UFTM, Climatologia e Biogeografia. No ensejo, ele agradeceu o incentivo da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PROPPG da UFTM pela viabilização de fomento para a publicação internacional por meio da Ação 20 GK-Pesquisa.

O artigo se destaca, entre vários aspectos, pelo fato de ilustrar a história evolutiva recente (os últimos 11 mil anos) da paisagem de cuesta no Brasil de modo mais preciso e com maior nível de informações.

Conforme os autores, é importante considerar que as cuestas são uma das formas de relevo típicas de bacias sedimentares, ocupando grandes áreas em diferentes contextos climáticos, como as famosas paisagens do Platô do Colorado, na região árida/semiárida do sudoeste dos EUA. No Brasil, as cuestas, formas de relevo com colinas, montes e elevações que apresentam um declive leve de um lado e íngreme do outro, compõem as paisagens das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, sendo as escarpas da Serra Geral uma expressiva representação regional desse relevo na Bacia Sedimentar do Paraná.

Paisagem de cuestas em Analândia (SP) – trecho do setor investigado

 

Até o momento, as propostas teóricas para a origem e evolução da cuesta no Sudeste do Brasil apresentavam apenas idades relativas, ou seja, essas propostas somente determinavam se um evento era anterior ou posterior a outro. Para contribuir no desenvolvimento dessas propostas teóricas clássicas, os pesquisadores aplicaram uma moderna técnica de datação chamada Luminescência Opticamente Estimulada (LOE), que estima as idades absolutas desses eventos. Além da variabilidade climática, eles identificaram a influência de outros fatores nos estágios evolutivos dessa paisagem de cuestas, como as mudanças da vegetação, a distribuição de formas de relevo de detalhe e o impacto recente das atividades humanas.

 

Foto panorâmica da paisagem de cuestas de trecho do setor investigado (porção superior). Esboço do modelo conceitual proposto na pesquisa (porção inferior)

 

“Ao trazer dados mais precisos, nós conseguimos contribuir na explicação da história recente da paisagem de cuesta no Sudeste do Brasil. Apesar disso, o nosso modelo evolutivo apresentou algumas semelhanças com as interpretações clássicas da literatura sobre o tema. Isso reforça a importância de valorizar os trabalhos pioneiros, que nos inspiraram para a construção dos nossos questionamentos, resultando em avanços da ciência”, finalizou professor Leandro.

A pesquisa completa pode ser visualizada pelo acesso institucional na rede CAFe ao periódico “Journal of Quaternary Science” em: https://doi.org/10.1002/jqs.3395

 

Foto/Imagem: arquivo pessoal de Leandro de Godoi Pinton

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