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Iniciação Científica

Pesquisa sobre resiliência de docentes concorre a premiação do CNPq

Publicado: Terça, 18 de Fevereiro de 2020, 07h29

O trabalho de iniciação científica “Resiliência em docentes universitários”, desenvolvido em 2019 pela aluna Lidiane dos Santos Furlan, do curso de Psicologia, foi indicado pela UFTM, representando a área de Humanas, para concorrer ao Prêmio Destaque de Iniciação Científica e Tecnológica - CNPq 2020. A estudante foi orientada pela professora Sabrina Martins Barroso, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade e líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Avaliação Psicológica e Investigações em Saúde (NAPIS).

Lidiane, aluna da Psicologia, indicada para o prêmio de iniciação científica do CNPq
Lidiane, aluna da Psicologia, indicada para o prêmio de iniciação científica do CNPq

 

De acordo com a professora, nos últimos anos tem focado estudos em parceria com alunos também em aspectos da Psicologia Positiva que ajudam a manter a saúde, em especial a resiliência, que é a capacidade de superar problemas no menor tempo ou com as menores consequências negativas possível. “Avaliamos em 2018, Lidiane e eu, a resiliência dos estudantes da UFTM numa primeira iniciação científica. Na segunda iniciação, realizada no ano passado, foi avaliada a resiliência dos docentes da Instituição. Acredito que em um mundo com tantos casos de adoecimento emocional, a resiliência seja uma chave para o bem-estar e mensurá-la e pensar em formas de desenvolvê-la são objetivos do meu grupo de pesquisa”, destacou Sabrina. As duas iniciações científicas receberam recurso do CNPq.

Iniciação Científica - resiliência de docentes

Com o objetivo de conhecer o nível de resiliência e de que modo ela se manifesta nos docentes, o estudo visou encontrar meios de desenvolver a resiliência nos docentes. O método da pesquisa foi de caráter quantitativo, realizada com 95 docentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, que responderam a um questionário complementar e uma Escala Breve de Resiliência.

Os dados foram analisados de forma descritiva, correlacional e por diferenças de grupo. A maior parte dos entrevistados era do sexo masculino (58,9%) e tinham uma média de 42 anos, sendo que 75 % assinalou ser casado. A maioria dos entrevistados (90,5%) trabalham no regime de dedicação exclusiva com 40 horas semanais, e possui o doutorado (63,4%) como sua maior titulação. Notou-se que docentes mais resilientes tinham mais tempo como professor, também percebiam maior apoio recebido pelos familiares e enxergavam seu relacionamento com os alunos melhor. Além disso, os docentes mais resilientes possuíam maior capacidade de planejamento e um nível maior de autonomia para desenvolver seu trabalho.

Portanto, a conclusão da Iniciação científica (IC) foi que um maior tempo na docência pode ser um colaborador no desenvolvimento da resiliência. Além disso, o apoio familiar, um bom relacionamento com os alunos, autonomia no trabalho e um planejamento de atividades, mostraram-se como auxiliares no desenvolvimento da resiliência.

Reconhecimento

Lidiane contou que a motivação para fazer essa iniciação científica foi a vontade de descobrir como os professores enfrentam os desafios cotidianos e sua resiliência perante tais adversidades. “Foi uma experiência gratificante e enriquecedora, aprendi muito ao longo do ano. Quando eu vi o e-mail da indicação para o prêmio não acreditei, afinal muitas pesquisas bacanas foram apresentadas na área de Humanas. Fiquei muito feliz de saber que fui escolhida para representar minha Universidade e ainda mais com essa iniciação em particular, que exigiu tanto de mim em relação a coleta”, comemorou Lidiane.

A orientadora também ficou satisfeita pela indicação do trabalho pela UFTM “por entender que mais do que o reconhecimento da dedicação da Lidiane a sua pesquisa, e ela merece esse reconhecimento, a indicação representa um reconhecimento da importância da temática. Focar na saúde e nas formas de se manter bem, em especial se a população investigada é a de docentes, uma profissão que segue constantemente atacada e desprestigiada, no atual momento. Trabalhos como o que desenvolvemos na IC chamam para uma visibilidade muito importante”, concluiu Sabrina.

Foto: Divulgação/UFTM

 

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