Pesquisadora da UFTM e NIT pedem registro de patente de tecnologia para diagnóstico da leishmaniose visceral
Um projeto de pesquisa que culminou na inovação tecnológica "Imunossensor eletroquímico baseado em óxido de grafeno conjugado a nanopartículas de ouro para diagnóstico de leishmaniose visceral sintomática e assintomática, processo de obtenção, método e uso" foi coordenado pela professora Renata Pereira Alves, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Campus Universitário de Iturama, e contou com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A docente e o Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT, órgão vinculado a Agência UFTM de Inovação, responsável pela gestão da política de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, iniciaram o processo de depósito de Pedido de Patente Nacional de Invenção dessa inovação junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), em 11 de outubro de 2025. “Nosso agradecimento a toda equipe e coordenador que articularam todas as demandas com extrema competência”, comentou Renata.
A iniciativa demonstrou um esforço colaborativo, reunindo a coordenadora e mais 18 inventores de instituições como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do estado de Minas Gerais.
A relevância da inovação tecnológica
A invenção apresenta um imunossensor eletroquímico inovador, construído a partir de antígenos de Leishmania imobilizados em uma matriz de óxido de grafeno conjugado a nanopartículas de ouro. Além do dispositivo em si, a patente abrange o processo de produção do imunossensor, o método para o diagnóstico da leishmaniose visceral e, fundamentalmente, sua aplicação para a detecção da doença tanto em indivíduos sintomáticos quanto assintomáticos. “A relevância dessa tecnologia é ampliada pela crescente demanda, especialmente de hemocentros, que enfrentam a alta prevalência de soropositividade para Leishmaniose em regiões endêmicas. O diagnóstico precoce e preciso é crucial para o controle da doença e representa um enorme avanço para a saúde pública no país”, afirmou a pesquisadora.
A dissertação e tese de Beatriz Rodrigues Martins, principal discente de pós-graduação envolvida no projeto, foram fundamentais para o desenvolvimento e validação da tecnologia, consolidando a base para a continuidade de suas atividades de pós-doutorado na UFU. “A expectativa é que este imunossensor represente um avanço significativo na área de diagnóstico, oferecendo uma ferramenta mais eficiente e acessível para o rastreamento e controle da leishmaniose visceral no Brasil e, potencialmente, em outras regiões afetadas globalmente", avaliou Beatriz.

Saiba mais sobre a pesquisa:
Imagens: Arquivo pessoal de Renata Pereira Alves
Redes Sociais