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HC-UFTM

Prints de placenta eternizam conexão entre mãe e bebê no HC-UFTM

Publicado: Quarta, 15 de Outubro de 2025, 12h11

Arte está entre as práticas de cuidado humanizado na assistência materno-infantil do Hospital

O parto é um momento único e cada registro busca traduzir o seu significado. Por isso, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vem desenvolvendo, desde maio deste ano, uma ação que demonstra, de forma simbólica e sensível, essa conexão entre mãe e filho: os prints de placenta.

A técnica de enfermagem Thais Dias, que também é doula e educadora perinatal, explica que a placenta registrada em print representa a Árvore da Vida, com o cordão umbilical como o caule; os vasos sanguíneos sendo os galhos; e o tecido placentário, as folhas. Essa alusão se refere tanto ao formato no momento do carimbo, quanto pelas funções da placenta, entre elas a de transferir os nutrientes e oxigênio necessários para o bebê durante a gestação. “É uma forma de celebrar a gravidez e o parto, eternizar o momento e fortalecer o vínculo afetivo entre mãe, bebê e família, sendo oferecido como um gesto de humanização”, enfatiza.

O registro pode ser feito com tinta ou com o próprio sangue placentário. O melhor momento para a confecção é logo após a dequitação (quando a placenta se desprende do útero). “Na grande maioria das vezes, é feito com sangue, pelo seu significado. A placenta é preparada, demarcando bem seus vasos, e com o cordão formamos um desenho criativo ou a letra da inicial do nome do bebê. Sobre uma folha em branco o print é feito e, em seguida, anotamos o dia, o peso, o nome da equipe presente e uma frase, deixando o registro ainda mais especial”, explica Thais.

A enfermeira obstétrica Marília Ferreira também reforça que a placenta é reconhecida como este primeiro elo de vida entre mãe e bebê. “O print de placenta eterniza esse vínculo, registrando uma lembrança singular e significativa do nascimento. Na prática obstétrica, buscamos realizar o print como um gesto de carinho e acolhimento, permitindo que a mãe leve consigo uma recordação simbólica do momento vivido e da forma como foi cuidada”.

Parto humanizado
A ginecologista e obstetra Nara Ribeiro ressalta que o print da placenta é uma das práticas que integram o parto humanizado no Hospital. “Como parte da assistência humanizada ao nascimento, que resgata a autonomia e o protagonismo da mulher, dispomos de ferramentas que ajudam a criar ambiência e promover uma experiência positiva e segura. O carimbo da placenta é uma prática que une arte e cuidado afetivo, permitindo à mulher e à sua família eternizar uma parte significativa do processo vivido e, especialmente nos casos de luto perinatal, materializar a memória do bebê”, explica.

De acordo com Thais Dias, o atendimento humanizado é garantido desde a chegada da mãe ao bloco cirúrgico, seja em trabalho de parto normal ou cesariana. A equipe realiza o acolhimento, “mantendo olhar atento e escuta ativa, validando cada queixa, medo, preocupação e trazendo a participação da mulher nas decisões, respeitando sua autonomia e proporcionando um ambiente acolhedor para que o print de placenta seja realmente uma lembrança de um dia feliz, como acreditamos que deve ser essa experiência”, declara Thaís.

Eternizando o momento
A emoção das mães ao receber o print revela a força dessa prática. Ana Carolina Costa, de 25 anos, mãe da pequena Maitê Valentina, nascida em 27 de junho de 2025, descreve que essa arte foi uma forma de eternizar a sua gestação. “A placenta foi o lar da minha filha, o que a manteve viva e crescendo dentro de mim. Olhar para ela foi como revisitar toda a caminhada da gestação, os medos, as dores, a espera e, no fim, o milagre de ter minha filha saudável. É um símbolo de amor que quero guardar para sempre”, conta Ana Carolina. Maitê nasceu prematura com 33 semanas de gestação e precisou ficar dois meses hospitalizada para se recuperar.

Outra mãe, Roberta Fontes, de 27 anos, também relata o que sentiu ao ver o print da placenta que nutriu seu filho Matteo, hoje com um mês de vida. “Esse desenho é mais do que uma lembrança, é um registro de amor, vida e gratidão. Ver retratado o elo entre mim e meu bebê me emociona profundamente. Agradeço de coração à equipe que transformou esse momento em arte, com tanto carinho e sensibilidade. Um gesto simples, mas cheio de significado, que vou guardar para sempre”, afirma.

Rede Ebserh
O HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

 

Fonte: Unidade de Comunicação Regional 19 - HC-UFTM/ HU-UFSCar        

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